quinta-feira, 8 de setembro de 2011

As três irmãs cangaceiras e uma confusão, com a baiana e a melão.

Personagens:

Alice: Em pessoa a burrice. Sou a irmã do meio como o recheio.

Joana Joaquina: Ótima guerreira nordestina.

Melão: A égua mais inteligente do sertão.

Amélia: Das irmãs a mais velha.

Baiana: Sou a baiana Baianinha e vejo o mundo pela minha janelinha.




Ci- Haviam três irmãs
      que moravam no sertão.
      E tinham uma égua
      Que se chamava Melão.

      Elas eram cangaceiras,
      mas uma dizia não.
      Gostava de paz
      e também da união.

Cv- Vamu ataca a cidade.
Cb- Num vô não!
Cv- Ah, ocê vai sm.
Ju- Se não ninguém come pão!

Cb- Pá casinha gora eu vô.
Ju- Apruveita e faiz cocô.

Ci- Então Joana Joaquina
      montou na eguinha
      e fugiu para a cidade
      pela estradinha.

      Chegou na casa da baiana
      que morava na favela
      e olhava o mundo
      pela janela.

Cb- Tô cum 
        muita fome,
        apruveita e me ajuda
        a muda de nome.

Ir- Tô muito
    desconfiada 
    isso parece até
    uma piada.

   Num vô ti  
   ajuda não
   só vô ti
   da um pão.

Ci- Na casa das irmãs
      havia uma rebelião
      Amélia jogava 
      tudo no chão.
    
      Furiosas as irmãs
      foram em busca de Joana
      que estava
      na casa da baiana.

Cb- Pur favor 
       me deixa fica
       senão as irmãs
      vão me pegá.
        
Ir- Tudo bem
     mais só uma noite
     se não mando tua égua
     ti da um coice.

Cb- A Melão não 
       ti obedece 
       não ela é 
       muito inteligente.

(toc, toc, toc)

Cb- Ai, são as irmãs!
       Elas vieram me pegá
       e se me virem
       na certa vão mi matá.

Ir- Fica quieto  
    meu canário.
    Joana vai se
    esconde no armário.

Ju- Me dexa entra aí,
      eu quero fazê xixi!

Ir- Num dexo não,
    faiz no chão.

Cv- Abre a 
      porta agora,
      se não eu ti mato
      na hora!

Ci- A baiana
      abriu a porta
      com medo
      de ser morta.
     
     Ouviram um barulho
     dentro do armário,
     até acharam que
     fosse o canário.

      Amélia abriu a porta com
     a arma na mão,
     apontando para tudo
     menos para o chão.

     Viu Joana Joaquina 
     e apontou para ela
     com sua arminha
     iluminada por uma vela.     

     Num instante
     o policial apareceu.
     E com todo esse
     espanto a prendeu.
   
     Sentadas na cama Alice e Joana pensavam:

Cb- Vamos viajar.
Ju- Para um novo lar encontrar.


Fim.

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